Jogos em Sala de Aula

Jogos normalmente são brincadeiras lúdicas, sendo o principal objetivo vencer. Muitas vezes, eles reproduzem uma situação cotidiana na qual o jogador utiliza de suas experiências e táticas para ganhar e ao mesmo tempo cria novas concepções e estratégias para alcançar o objetivo. Dessa forma, levar o jogo para a sala de aula é uma forma de permitir que o aluno use tudo o que já conhece e ao mesmo tempo aprenda novas formas de pensar. O jogo passa a ser uma ponte do abstrato para o concreto, uma forma prática de aprender, fixar e relembrar diversos conteúdos.

       Entretanto, precisa-se tomar certos cuidados antes de introduzir esta metodologia, principalmente quando se tem em mente que o jogo é suficiente para aprender uma disciplina, ele é uma parte da aprendizagem, podendo estar no começo, meio ou fim, mas nunca sozinho.

        Algumas das vantagens de trabalhar o jogo em sala de aula é sua flexibilidade e a capacidade de alcançar uma grande parte dos alunos. Além disso, é possível associar conteúdos que, em muitas vezes, teoria e exercícios são insuficientes para que haja uma  compreensão completa. O jogo desperta curiosidade, motivação, criatividade, trabalho em equipe e colaboração.

          Contudo, levar um jogo para a sala de aula não é sinônimo direto de aprendizagem, não adianta ter um jogo pelo jogo, sem uma sistematização após sua aplicação, uma discussão relacionada com o conteúdo que foi ou que será aprendido. Uma das grandes dificuldades é fazer esta conexão, é fazer com que o aluno tenha uma motivação equivalente para a disciplina mesmo quando o jogo não está mais presente.

É por isso que o jogo escolhido deve ter coerência com o conteúdo, ter uma sistematização inicial, com regras claras e objetivos definidos. Criar um jogo educativo exige conhecimentos profundos do tema, assim como diversas formas de abordá-lo para que se possa ter uma visão mais ampla do que é possível aprender com ele, quais as suas limitações e suas vantagens.

A partir desse conhecimento, o professor pode relacioná-lo com a sua classe, quais são as maiores dificuldades de seus alunos e como esse jogo vai poder ajudá-los. Além disso, o professor precisa dispor de tempo para que os alunos explorem ao máximo todas as possibilidades do mesmo e depois é preciso de uma socialização para interligar os pontos comuns ao conteúdo.

         De forma geral, o jogo tem muito a contribuir na aprendizagem dos alunos, tudo depende do modo como o professor o introduz e da sua disposição, nem todo jogo vai ter o resultado esperado, mas não significa que nada foi aprendido, é preciso olhar além.