PLANO DE AULA
Limites
e possibilidades das TIC na educação
Itajubá – MG
2016
1.
Conteúdo e Série
Este
plano irá trabalhar a temática “Tecnologias na Educação” por intermédio de um
artigo citado acima e será desenvolvido em uma turma da disciplina de Didática
da Universidade Federal de Itajubá.
2.
Objetivos
- · Discutir sobre o uso de tecnologias na sala de aula, suas vantagens, desvantagens e o que deve ser considerado ao adotar a mesma;
- · Refletir sobre o modo como a tecnologia é trabalhada e como melhorar;
- · Reconhecer a importância da mesma em sala de aula quando é usada com sistematização e objetivos claros;
- · Relacionar diversas perspectivas desta metodologia em diferentes contextos sociais.
3.
Recursos
Necessários
- · Data Show;
- · Notebook;
4.
Metodologia
Para esta aula, será considerado que
todos os alunos leram o artigo “Limites e possibilidades das TIC
na educação” da autora Guilhermina Lobato Miranda. Será apresentado um esquema
explicativo antes, que dará início a discussão, após esse momento será passado um
vídeo sobre a tecnologia na educação e em seguida os alunos, em dupla, irão
fazer um estudo dirigido, baseado no texto, vídeo e a primeira discussão.
O
link do vídeo é: https://www.youtube.com/watch?v=mKbEbKQZVQU
ESQUEMA EXPLICATIVO
Descrição do texto: A autora o inicia fazendo algumas
definições, como:
·
Tecnologia
Educativa: Todos
os processos de concepção, desenvolvimento e avaliação da aprendizagem.
·
Tecnologias Aplicadas à Educação: Sinônimo de Tecnologias Educativas.
·
Tecnologias da Informação e Comunicação: Conjugação da tecnologia da informática ou
computacional com a tecnologia das telecomunicações, sendo a internet sua maior
expressão.
·
Novas Tecnologias da Educação (NTI) e Novas Tecnologias da Informação e Comunicação
·
Literácia Informática: o conjunto de conhecimentos, competências e atitudes em
relação aos computadores que levam alguém a lidar com confiança com a
tecnologia computacional na sua vida diária.
·
Educação Tecnológica: É mais amplo que o anterior, pois implica em saber usar.
Para a autora, o uso da tecnologia
pode estar interligado com todos os conteúdos, de uma forma transversal, como
também pode ter uma disciplina própria.
Em seguida, ela apresenta alguns
resultados de uma investigação que teve como foco o uso das tecnologias em sala
de aula:
v A estratégia de acrescentar a
tecnologia nas atividades já existentes na escola e nas salas de aula, sem nada
alterar nas práticas habituais de ensinar, não produz bons resultados na
aprendizagem dos estudantes. Esta estratégia acontece por duas razões em
destaque:
ü A falta de proficiência que a
maioria dos professores manifesta no uso das tecnologias, mormente as
computacionais.
ü O fato da integração inovadora das
tecnologias exigirem um esforço de reflexão e de modificação de concepções e
práticas de ensino, que grande parte dos professores não esta disponível para
fazer.
v Os efeitos positivos só se
verificam quando os professores acreditam e se empenham de “corpo e alma” na
sua aprendizagem e domínio e desenvolvem atividades desafiadoras e criativas,
que explorem ao máximo as possibilidades oferecidas pelas tecnologias.
v O trabalho com tecnologia precisa
de uma participação ativa do professor e do aluno. Ambos possuem
responsabilidades na construção do conhecimento que será trabalhado. Dessa
forma, a autora afirma “Aspecto interessante e que a aprendizagem destes
sistemas modifica de forma radical o modo como as crianças percepcionam o mundo
e a si próprias”.
v O que acontece é que os sistemas
informáticos, considerados como novos formalismos para tratar e representar a
informação, ancorados nos sistemas convencionais, vão modificar o modo como às
crianças estão habituadas a aprender e também amplificar o seu desenvolvimento
cognitivo.
v O que acontece na maioria das
escolas e que os professores pensam que estas aprendizagens se fazem por
transferência analógica, não necessitando de uma aprendizagem mais estruturada
e formal, o que tem levado a alguns dissabores.
v É preciso uma sistematização, um
trabalho mais completo que faça com que as crianças entendam determinados
conteúdos mesmo sem a tecnologia do lado, uma forma que dê liberdade para que
elas construam novas fontes de conhecimento e informação.
A autora também apresenta definições
para determinadas processos da aprendizagem
que irão acontecer quando o uso da tecnologia é significativo, como:
Ø A aprendizagem é um processo re(construtivo): Os conhecimentos prévios
dos alunos são questões essenciais para o desenvolvimento de outros.
Ø Aprendizagem cumulativa: Depende de conhecimentos
anteriores.
Ø Aprendizagem ser autorregulada: A presença do
professor é fundamental para que o aluno passe a ter autonomia de uma forma
orientada.
Ø Aprendizagem intencional e situada: Ter objetivos
ajuda a identificar onde se pretende chegar e para que.
Ø Aprendizagem colaborativa: O trabalho em conjunto
em uma prática social.
Dessa forma, um trabalho com uso de tecnologia para
ser de fato significativa para os alunos deve atender esses processos, como uma
forma de orientação para o professor, sendo um parâmetro para os objetivos e
metas.
ATIVIDADES:
Considera-se que a introdução de
novos meios tecnológicos no ensino irá produzir efeitos positivos na
aprendizagem, porque se pensa que os novos meios irão modificar o modo como os
professores estão habituados a ensinar e os alunos a aprender.
1.
A partir do comentário acima, o que você acredita ser
essencial para uma mudança de postura em relação a essa metodologia em sala de
aula de uma forma que ela realmente possa fazer diferença no processo de
aprendizagem?
2.
Muitas vezes, o professor tem receio de usar a tecnologia
em sua aula por não saber trabalhar com o instrumento ou porque ele possui
certa dificuldade e não quer passar vergonha na frente de seus alunos, sendo
assim, ele deixa de lado esta metodologia, mesmo reconhecendo a sua importância
para a aprendizagem. Que atitudes poderiam ser tomadas para evitar essa
situação?
3.
Uma escola toda equipada não é sinônimo de inovação no
ensino, muitas vezes é a mesma repetição com o uso de um computador, como foi
mostrado no vídeo, sendo assim o que é essencial para que se tenha um trabalho significativo
e de fato inovador com o uso de tecnologia?
4. O
uso efetivo da tecnologia nas escolas, nomeadamente nas salas de aula e no
desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem, e ainda um privilegio de
alguns docentes e alunos. O
que você pensa dessa frase? O contexto mudou?
5. A introdução e uso das tecnologias
da informação e comunicação no ensino não devem ser só avaliadas tendo como referencia
os efeitos que tem sobre a aprendizagem e os resultados acadêmicos dos alunos. O que mais deve ser levado em
consideração e avaliado?
6. A tecnologia muitas vezes é usada como desculpa para a não
realização de certos deveres ou a presença dela pode causar a perda do foco em
determinadas atividades. Cite outros pontos negativos que a tecnologia pode
ocasionar na sala de aula e quais atitudes poderiam ser adotadas para evitar
acontecimentos como esses?
5.
Avaliação
Os alunos serão avaliados da seguinte
forma:
20% da participação durante o esquema
explicativo;
60% da escrita do roteiro;
20% da socialização do mesmo.
6.
Bibliografia
MIRANDA, G.L. Limites
e possibilidades das TIC na educação. Sísifo/Revista de ciências da educação,
nº3, mai/ago2007, p. 41-50.
Plano de aula muito bem elaborado, bem como o conteúdo trabalhado.
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